Essas pessoas não conseguem enxergar o sexo como um elemento de união entre seres humanos. Um ato de entrega e recebimento que bem mais que satisfazer a carne, coloca as almas envolvidas em comunhão uma com a outra.
Há muita beleza no ato sexual, que não é uma coisa suja, mas como tudo nesta vida precisa ser praticado com responsabilidade.”
O
que é isto de que eu não posso entrar? No velório do meu homem? Quem é ela pra
proibir? Com que direito ela manda isso? Logo ela, que com toda essa banca de
esposa o deixou morrer?
Salvei ele. Salvei sim! Isso ninguém pode negar.
Salvei ele. Salvei sim! Isso ninguém pode negar.
Mesmo que fosse enfiando a buceta na cara
dele e dizendo: “Chupa gostoso meu macho!” Eu o deixei vivo. Mesmo que fosse
deixando ele entrar em cada buraco do meu corpo. Porque gozando em minha buceta,
ele não pensava em cortar os pulsos. Porque gozando em meu cu, ele não pensava
em beber veneno de rato. Porque gozando em minha boca, ele não pensava em
nenhuma ponte pra se jogar.
Cada noite que ele me comeu, foi mais um
dia que ele viveu. E me orgulho disso. Me orgulho disso sim!
Eu abri minha casa pra ele. O recebi em
minha cama. Dei carinho. O escutei. O aceitei como ele era! Não pedi que
mudasse nada! Era o que eu podia fazer e fiz. E fiz por ele muito mais que essa
gente que fica aí me condenando. Barrando a minha entrada.
Ela o obrigou a voltar e agora olhe só: Ele
em um caixão lacrado, com um tiro no meio da cabeça.
Tá vendo? Agora fale: Quem é a errada
aqui? Me diga?
Quem é que tem direito de velar o morto?
Kátia Pessoa – 21/08/2010
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