quinta-feira, 19 de maio de 2011

Até que a tua morte nos separe


      "Há homem que pensa que mulher é propriedade sua. Um objeto que eles podem usar como quiser, principalmente se o que os une for um laço de casamento.
      Reivindicando seu direito de dono sobre a mulher, diariamente muitos homens maltratam e até matam sua companheira.
      Para evitar que isso aconteça é preciso se educar toda a sociedade, porque a violência contra a mulher é algo cultural, e muitos homens reproduzem atitudes machistas que aprenderam sem refletir se estas são corretas.
      Precisamos lutar para conseguirmos um mundo mais justo, onde nenhum ser humano subjugue outro seja por sexo, cor, opção sexual, condição econômica, religião, time de futebol, etc."

      Oi Suzana, meu amor. Eu preciso falar com você. Espera ai, Suzana. Me escuta. Não me trata assim. Suzana, você é a mulher da minha vida. Vamos conversar.
       Não vou embora coisa nenhuma, Suzana. Você tem que me ouvir.  Eu sou teu marido. Vem aqui. Vem aqui, Suzana. Você é minha esposa e vai me acompanhar. Cala a boca piranha. Tá vendo, Suzana, o que você me faz fazer com você. Eu não quero te machucar, mas você é teimosa... Não fala assim, Suzana. Não fala assim. Isso não é verdade. Eu te amo, meu amor. Eu te amo.
      Olha Suzana, eu já esqueci o que você me fez. Já perdoei. Nem tô mais com raiva por você ter ido embora pra casa da sua mãe. Por ter fugido e me deixado sozinho. Eu já te perdoei, meu amor. Já esqueci. Eu juro. Eu te amo, Suzana. Me beija, meu amor, me beija. Não vira o rosto não, Suzana. Não vira. Por que essa cara de nojo? Para com isso sua filha da puta. Cadela. Cala a boca. Não grita. Fica boazinha senão vai ser pior para você. Desculpa, Suzana, desculpa. Eu não queria falar assim, mas você me tira do sério...
      Eu tô morrendo de saudade de você, Suzana. Da minha mulherzinha. Sabia que eu não fiquei com ninguém depois que você me deixou? Nesse tempo todo eu só pensei em você. Eu sou fiel a você, viu meu amor? Você é a única mulher que quero. Você continua gostosa, Suzana. Muito gostosa. Eu adoro quando você usa saia assim. Eu fico louco de vontade de te ter. Olha só como você me deixa? Sente aqui, ó. Para com isso Suzana. Sou teu marido. Eu posso. É meu direito. Fica quieta, Suzana. Fica quieta, eu tô dizendo. Para de fazer doce, senão eu vou acabar te machucando. Você quer apanhar? Quer que eu te arrebente a cara de novo?
      Vem cá. Vem cá, vem. Vem logo Suzana. Olha, aqui não passa ninguém. A gente vai ter privacidade pra matar a saudade um do outro. Diz pra mim minha gostosa, que sentiu falta do seu macho? Diz, pra mim? Diz? Para de chorar Suzana. É sempre assim. Sempre assim. Já te disse pra ficar quieta. Não tenta fugir.
      Suzana, minha gostosa. Deixa eu te fazer um carinho. Para de fazer essa cara, Suzana. Eu sei que você se excita quando eu arranco sua calcinha assim, a força. Toda mulher se excita. Eu sei que você gosta quando eu te penetro assim, forte. Você é tão fechada, meu amor. Tão gostosa. Pode me bater, Suzana. Isso, bate mais. Me arranha, me chuta. Eu sei que tudo isso é charme, manha de mulher. Vocês gostam de dar uma de difícil, né? Eu sei que você está com tanto tesão quanto eu.
      Gostosa... Gostosa...
      Suzana, para de fingir que chora. Para com isso. Para com isso. Vocês são todas iguais.
      Goza Suzana. Vai, goza.
      Se você não gozar agora comigo Suzana, eu te esgano sua cadela. Eu te esgano.
                                     Kátia Pessoa – 09/01/2010


      

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