Infelizmente, por uma série de motivos, o povo elege poucas pessoas comprometidas com ele de fato, e as poucas pessoas boas que são eleitas não conseguem fazer muita coisa, pois estão sozinhas.
Que há bandido na política há. Lógico que há. Mas também há muita gente honesta, que dá a sua vida para defender o povo que a elegeu. É preciso saber escolher quem vai nos representar."
Rui era homem jovem e bonito. De voz grave e porte altivo. Impressionante rapaz. Nascido em família de políticos, desde cedo aprendera o que dito, adoça o ouvido dos humildes. Voto garantido.
Rui tinha destino certo. Seguir a carreira que o pai desbravara e ir além. Iria ser Vereador, Deputado. O Senado, quem sabe? Com muita sorte e articulação política, até mesmo cargo internacional. Promissor rapaz.
Mas se Rui era tão belo por fora, era podre por dentro!
Rui era a soberba vestida de humildade. Quando ia ao povo, abraçava e beijava, mas quando deles conseguia o que queria, lhes virava as costas e seus clamores esquecia, porque de pobre não gostava. Tirava até sarro.
Rui era bom ator. Merecia o Oscar. Canalha!
Rui não tinha assessor. Tinha vassalos - ou melhor, quadrilha. Um bando de puxa-sacos, escolhidos a dedo por ele, que só pensavam em seu próprio umbigo... A imagem do chefinho!
Rui é político pernicioso. Perigoso.
Rui se infiltra como líder do povo e lhe engana e rouba.
Rui é homem mau que estraga a terra.
Kátia Pessoa – 11/01/2011
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